"A vida numa economia algorítmica"
«A vida dos humanos biológicos num estádio multhusiano pós-transição [da inteligência para a superinteligência] não se parecerá forçosamente com nenhum dos estádios históricos da Humanidade (caçadores-coletores, agricultores ou empregados de escritório). Ao contrário, a maioria são rentistas desocupados que vivem com dificuldades das suas poupanças. São muito pobres, os parcos rendimentos de que usufruem vêm-lhes ou das poupanças ou de um ou outro subsídio estatal. Vivem num mundo tecnológico extremamente avançado, que inclui máquinas superinteligentes, mas também medicina anti-envelhecimento, realidade virtual, uma diversidade de tecnologias de aumento cognitivo e pílulas de prazer: contudo, para eles, tudo isso poderá ser, de um modo geral, inacessível financeiramente. Em vez de recorrerem à medicina de aumento, talvez tomem medicamentos para retardar o crescimento e abrandar o metabolismo, tendo em vista a redução das despesas (os que queimam rapidamente muitas calorias não sobreviv